quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013


O Teatro de Martins Pena - Teatro de Costumes

MARTINS PENA (1815-1848)

VIDA:
 Nasceu no Rio de Janeiro, numa família sem posses. Órfão de pai, foi encaminhado pelos tutores à vida comercial. Ainda jovem frequentou a Academia de Belas Artes, estudando desenho, arquitetura e música; simultaneamente, estudava línguas, história, literatura e teatro. Em 4 de outubro de 1838, teve sua primeira comédia, "O juiz de paz na roça", encenada no Teatro São Pedro, pela célebre companhia teatral de João Caetano (1808-1863), o mais famoso ator e encenador da época. Neste mesmo ano ingressou no serviço diplomático, exercendo várias funções cargos até atingir a posição de adido. Enviado para Londres, em 1847, acabou contraindo tuberculose. Morreu no ano seguinte, em Lisboa quando retornava ao Brasil. Apesar de falecer com apenas 33 anos, Luís Carlos Martins Pena escreveu vinte comédias e seis dramas, o que o tornou fundador do gênero da comédia de costumes no Brasil., contribuindo assim, com a literatura brasileira.
OBRAS PRINCIPAIS:
Comédias: O juiz de paz na roça (1842); Os três médicos (1845); O judas em sábado de aleluia (1846); O diletante (1846); Quem casa quer casa (1847); O noviço (1853); Os dois ou o inglês maquinista (1871).
Dramas: Itaminda ou o guerreiro de Tupã (1839)
Embora tivesse escrito alguns dramas (todos de péssima qualidade), Martins Pena destacou-se por suas comédias, através das quais fundou o teatro nacional. A origem destas obras resulta de uma curiosa característica da época: normalmente após a apresentação de um drama, os espectadores assistiam a uma breve farsa, provinda da dramaturgia portuguesa, e cuja função era desopilar as emoções excessivas causadas pela peça principal. Favorecido pelo interesse de João Caetano, Martins Pena percebeu que podia dar ao gênero um caráter brasileiro, introduzindo tipos, situações e costumes facilmente identificáveis pelo público do Rio de Janeiro.
Na verdade, a comédia de costumes (em geral, de um ato apenas) era a única espécie teatral que se adaptava às circunstâncias históricas do Brasil, na primeira metade do século XIX. A exemplo de Manuel Antônio de Almeida, uma espécie de seu discípulo no romance, Martins Pena intuiu que nem o drama, nem a tragédia se ajustariam ao universo que propunha retratar. Porque as elites imperiais, fossem as urbanas ou as do campo, careciam de maior complexidade social e humana, não permitindo a criação de textos psicológicos mais densos. Também as classes médias eram pobres em caracteres e dimensão histórica. Restavam apenas os escravos, estes sim participantes de um drama real e pungente. Só que quando apareciam representados nos palcos o eram unicamente como moleques de recados, amas de leite, etc. Ou seja, não havia outro caminho para o jovem teatrólogo senão a utilização do riso para registrar a sua época. No conjunto, as comédias são superficiais e ingênuas, os tipos humanos são esboçados de forma primária e as tramas pecam, às vezes, pela falta de coerência e verossimilhança. Mesmo assim, estas peças apresentam tal vivacidade nas situações e no registro dos costumes e tamanha espontaneidade nos diálogos que ainda hoje ainda podem ser lidas ou assistidas com prazer.

TEMAS E SITUAÇÕES PRINCIPAIS
Algumas comédias são sátiras aos costumes rurais, revelando os hábitos curiosos, a fala simples e a extrema candura que delimitam os seres da roça. Estes são criaturas broncas e rústicas, ainda mais quando comparadas aos homens da capital, requintados e espertos. Porém os caipiras têm, com frequência, melhor índole que os tipos da Corte. Até os pequenos corruptos, como o juiz de O juiz de paz na roça, não deixam de possuir uma certa inocência simpática.
Já as peças que focalizam a vida urbana efetivam, como observou Amália Costa, uma “leitura” irônica dos problemas da época: o casamento por interesse, a carestia, a exploração do sentimento religioso, a desonestidade dos comerciantes, a corrupção das autoridades públicas, o contrabando de escravos, a exploração do país por estrangeiros e o autoritarismo patriarcal, manifesto tanto na escolha de marido para as filhas quanto de profissão para os filhos.
Um tema dominante tanto nas comédias da roça quanto nas urbanas é o do amor contrariado. A maior parte das tramas cômicas gira em torno de jovens cujos desígnios amorosos ainda não se cumpriram. Como bem analisou Sábato Magaldi, tudo se origina do fato de os pais preferirem pretendentes velhos e ricos para seus filhos. Estes, ao contrário, creem no amor sincero e desinteressado. Contudo, jamais um sopro trágico percorre tais paixões irrealizadas porque todas elas serão resolvidas positivamente, em clima da mais completa farsa, no final das peças. As situações são muito parecidas (amor impossível pela má-fé de vilões – desmascaramento cômico dos empecilhos – final feliz). Pode-se afirmar que o casamento(ou pelo menos o namoro sério) constitui o desfecho  mais comum destas comédias.
Martins Pena não teve seguidores diretos, exceção talvez a Artur Azevedo. Contudo, o teatro de costumes, um teatro semipopular, sem grandes pretensões estéticas, continuou existindo como única veia autêntica do palco nacional, no século passado.
Sobre sua obra, escreveu o crítico e ensaísta Sílvio Romero (1851-1914): "... se perdessem todas as leis, escritos, memórias da história brasileira dos primeiros 50 anos desse século XIX, que está a findar, e nos ficassem somente as comédias de Martins Pena, era possível reconstruir por elas a fisionomia moral de toda esta época".

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Renascimento

Queridos alunos, vamos complementar nossos estudos com o nosso blog? Para responderem a atividade do 4º bimestre, assistam o vídeo sobre o Renascimento (You tube - Arte Renascentista - History Channel). Segundo o livro História da Arte 16ª ed., cap. 12, Graça Proença; o Renascimento foi um momento da História em que ocorreram muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica (greco- romana). O ideal do humanismo foi sem dúvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento (valorização do homem e da natureza em oposição ao divino e sobrenatural da cultura da Idade Média). Belezinha?! Profª Lucila.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Pink Floyd live at Pompeii - Um pouco da música desse grupo inglês de rock progressivo numa filmagem de performance na cidade romana de Pompeia, cuja população foi repentinamente atingida pelas lavas e cinzas do vulcão Vesúvio no ano 79, sec. I da era cristã. O documentário produzido em 1972 faz a música do grupo dialogar com impressionantes detalhes das ruínas da cidade italiana. Pompeia é tema de história da arte recomendado pelo PAS da UnB. Aqui uma versão completa em HD, existem outras disponíveis em versão mais leve.

http://www.youtube.com/watch?v=K2UxVVo8UIg

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Renascença italiana num passeio através de Florença - Firenze e Siena, cidades onde estão grande parte das obras importantes do período.  Documentário narrado em inglês, mas vale pela filmagem da arquitetura e das obras como um passeio pelas cidades. Pode ser um bom exercício de aproximação do idioma. Enjoy it.
http://www.youtube.com/watch?v=5lOg2jH09G8

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

2012 tempo de mudança - As profecias Maias a respeito de um apocalipse global em 2012 são o ponto de partida para o livro de Daniel Pinchbeck, que propõe um novo paradigma que integre a sabedoria arcaica das sociedades tribais com o método científico. Eis um documentário divertido com animações interessantes.

O filme traz depoimentos de especialistas e vivências de algumas celebridades: como os cantores Sting (do grupo The Police) e Gilberto Gil, do cientista Buckminster Fuller e a jovem atriz Ellen Paige; trata de assuntos como experiências de meditação, a importância da construção sustentável, permacultura, o movimento de contracultura e principalmente, alternativas ecológicas para o dia a dia.

domingo, 2 de setembro de 2012

memória das águas - poema sonoro e visual como relato de uma longa viagem amazônica. Imagens de sobrevôo na densa mata recortada pelos rios escuros de Manaus a São Gabriel da Cachoeira, fronteira com a Venezuela. Os desenhos e objetos produzidos a partir de uma expedição científica de dois meses que participei organizada por pesquisadores da UnB. Romulo Andrade

http://www.youtube.com/watch?v=wrqlhKg3a84

sábado, 1 de setembro de 2012

10° Festival Taguatinga de Cinema.
A novidade deste ano é que o Festival também acontecerá na internet, onde os filmes poderão ser assitidos e votados. Os filmes serão postados no ato da inscrição e haverá prêmio em dinheiro para o melhor filme escolhido pelo público internauta. Nesta edição o Festival irá homenagear o profeta Gentileza propondo discussões acerca do bom convívio social, ecologia, humanização das cidades, gentileza urbana e social.

http://festivaltaguatinga.com.br/assistaVote.html#inicio